Realizado - 89.4 Km
Para Santiago - 700,6 Km
Espanha, 10/10/2008
Foi uma etapa um pouco mais leve que a anterior, porém fazia muito sol. Isso tornou o caminho mais cansativo. Isidro, espanhol que me acompanhou na etapa anterior seguiu mais rápido, até que o nosso grupo o perdeu de vista. Ficamos em 5 peregrinos, sendo 2 espanhóis, um francês, eu e mais um brasileiro. O grupo seguia em frente e eu tentava acompanhá-los, porém sempre mais atrás. Fiquei preocupada em seguí-los, porque eles sempre me esperavam e se atrasavam.
Durante o caminho senti muita alegria, porque a presença de Deus é muito forte. Descobri porque no caminho sente-se muita felicidade. Aqui vivemos realmente a mensagem de Jesus. Aqui os "Egos" nao se manifestam, porque o outro é sempre mais importante. Todos se ajudam, como irmaos de em terra sem nome.
Quando chegamos em Estella fizemos uma parada para comer, porém eu tive uma queda de pressao, passei muito mal e todos resolveram ficar em Estella. Thiago, brasileiro que faz parte da missao Médicos sem Frontreiras, me cuidou, me ajudaram a chegar no albergue e ficamos em Estella. Tudo bem, porque era de fato a etapa que eu teria que fazer.
Esse acontecimento me abateu um pouco, porque percebi, vivendo, que realmente a coisa não é fácil. Por mais treinado que estejamos, todos os dias fazendo percursos longos tem-se que ter muita força de vontade.
Chorei muito de saudades, de medo em não completar o caminho, em fim....
Fiquei contente depois porque percebi, vivendo na pele, que realmente o caminho é quem diz o ritmo que temos que fazer.
Conheci duas pessoas maravilhosas, que me cuidaram no albergue. Michele (francesa) e Panaiota (canadense). Um dia foi suficiente para que fizessemos uma linda amizade. Quando estava triste elas me acolherem e conseguimos nos comunciar, mesmo eu nao falando nem franês e tao pouco inglês. Aqui no caminho a língua oficial é o amor. Nao há outra.
Estou muito contente, porque de tudo que aconteceu no dia de hoje aprendi que tenho que realizar meu próprio caminho, dentro das minhas possibilidades. Como na vida, cada um tem seu próprio caminho, nao podemos querer realizar as coisas como os outros e tão pouco pelos outros. Isso tudo sabia bem, porém na teoria. Aqui você descobre as coisas vivendo na pele. É muito rico.
Hoje pela manhã resolvi não seguir o mesmo grupo. Dividi com eles minha preocupação e todos seguiram na frente. Estou bem, firme em meu propósito, com passos firme de quem sabe onde quer chegar.
ULTREYA
Chorei muito de saudades, de medo em não completar o caminho, em fim....
Fiquei contente depois porque percebi, vivendo na pele, que realmente o caminho é quem diz o ritmo que temos que fazer.
Conheci duas pessoas maravilhosas, que me cuidaram no albergue. Michele (francesa) e Panaiota (canadense). Um dia foi suficiente para que fizessemos uma linda amizade. Quando estava triste elas me acolherem e conseguimos nos comunciar, mesmo eu nao falando nem franês e tao pouco inglês. Aqui no caminho a língua oficial é o amor. Nao há outra.
Estou muito contente, porque de tudo que aconteceu no dia de hoje aprendi que tenho que realizar meu próprio caminho, dentro das minhas possibilidades. Como na vida, cada um tem seu próprio caminho, nao podemos querer realizar as coisas como os outros e tão pouco pelos outros. Isso tudo sabia bem, porém na teoria. Aqui você descobre as coisas vivendo na pele. É muito rico.
Hoje pela manhã resolvi não seguir o mesmo grupo. Dividi com eles minha preocupação e todos seguiram na frente. Estou bem, firme em meu propósito, com passos firme de quem sabe onde quer chegar.
ULTREYA