Hoje foi o dia em que eu acordei realmente bem! E o pessoal do albergue de Burgos não permitir que a gente partisse cedo antes das 6h30. Então dormi até às 6h. Saímos às 6h30, e meu plano era de fazer 2 dias em 1, dadas as minhas condições. Se eu começasse a sentir alguma coisa eu pararia e procuraria lugar pra ficar.
Seguimos juntos Benoît, Bruce e eu até Hornillos del Camino, onde o Bruce ficou no albergue municipal. Eu e o Benoît seguimos. Ele havia ficado para tomar uma cerveja e eu segui devagar. Não gosto de cerveja durante a caminhada.
E então me deparei com quase 16km de nada. Somente a trilha é plantações durante quase 3 horas. Algumas paradas para descansar os pés e verificar se tudo estava bem, mas não havia nem banco pra sentar. Essa parte eu fiz sozinho orando e não sabia que cidade iria vir. Até que apareceu uma placa de 5km para Hontanas.
Depois veio uma placa de 2km, e nada da cidade. Somente plantações no horizonte. Depois geio a placa de 500m e cadê a cidade?
De repente eu chego em uma descida e vejo que a cidade inteira estava em um buraco! Por isso que não dava pra ver. Cheguei lá, parei no primeiro bar para descansar, tirei as botas fiz check-up nos pés, alongamentos, etc. Tudo bem, sem dor. Descansei por quase 2h até ter certeza absoluta que poderia seguir. O Benoît estava atrás de mim e disse que iria ficar na cidade.
Então segui viagem para Castrojeriz, passando pelas ruínas do Convento de San Antônio, do século XV. Lá encontrei Julia uma colega italiana.
Conversamos um pouco e segui adiante. Chegando em Castrojeriz, um peregrino da Nova Zelândia me abordou pra saber porque eu caminhava de tarde. Expliquei a situação, conversamos um pouco e segui viagem.
Passando Castrojeriz, eu cheguei na mãe de todas as subidas. Subi muito devagar e orando por muitos que tem pedido oração, entregando o esforço da subida para Deus fazer uma limonada se fosse da.vontade Dele.
Lá em cima a vista é lindíssima. Dá pra ver muitos pueblos, mesmo Castrojeriz e Itero de lá Vega.
Desci calmamente e caminhei até o albergue Hogas del Peregrino, super bom, onde fui recebido pela Blanca e tive jantar com três senhoras francesas que se conheceram no caminho. Ficamos rindo das diferentes expressões do Québec e da França. Depois, tomei banho, cuidei dos pés com gelo e massagens e agora estou novamente em dia com a agenda, pronto pra dormir para amanhã acordar e caminhar.
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